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Delicate Notes

As memórias são para ser partilhadas

As escolhas

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Nunca pensei que as escolhas que tinha de tomar no 9º ano me dessem cabo da cabeça. Aliás, até ao final do 1º Período achava que não era nada de mais, apesar de todos se referirem ao 9º ano como um ano muito importante, pois vamos decidir a área que queremos. No entanto, agora que começo a pensar mais nisso e a pesar as coisas, começo a sentir-me confusa e com algumas dúvidas. Tenho a certeza da área que quero seguir no 10º ano: Ciências e Tecnologia. No entanto, existem outros fatores que me assustam, tais como o que fazer em relação ao conservatório, se hei-de continuar ou não. Por um lado já só me faltam 3 anos para concluir, mas por outro sinto que esse caminho já não me pertence mais. No secundário quero-me esforçar ao máximo, pois a média começa a contar e quero conseguir entrar naquilo que quero em concreto, que ainda não está decidido. Se agora, que estou no 9º ano a pressão em conciliar a escola com o conservatório já é muita, imaginem no secundário e isso assusta-me. Apesar de gostar do conservatório e cada ano que lá passei significar muito para mim, pois trago tantas boas memórias. Mas trago também choro, tristeza, pressão. Deixa-me nostálgica pensar que isso vai acabar, mas cada vez acho mais que o melhor é mesmo não continuar. Acho que recebemos um diploma por concluirmos o 5º grau, o que é muito bom, porque depois posso colocar isso no currículo e sei que estes anos que passei no conservatório não ficam perdidos. Quando andava no coro feminino, sempre pensei que mesmo que não continuasse, continuaria no coro. Agora que ele chegou ao fim, e que estou na merda de coro em que estou, sinto que não vale a pena continuar nisso. Depois para continuar piano, tenho automaticamente de continuar com FM, porque se não, não vou conseguir evoluir no instrumento e eu não percebo nada de FM. Sei que os meus pais, faziam todo o gosto em que eu continuasse e sei que se levar esta ideia avante , eles vão ficar desiludidos, mas antes deles tenho de pensar em mim e naquilo que eu verdadeiramente quero, já para não falar do quanto mais livre me iria sentir sem a carga horária do conservatório. Outra das coisas que me aflige é que eu também adoro cantar e gostava de o continuar a fazer, aliás eu adorava cantar a solo, fazer musicais, sei lá. Por outro lado, tenho o ballet. Outra que coisa que adoro, mas não, não sou daquelas meninas que sempre disse que queria ser bailarina desde pequena, mas quando vi a minha irmã a fazê-lo quis logo entrar também e até hoje ainda não saí. Também sei que isto vai ser algo que vai estar presente no meu currículo, pois faço exames todos os anos para passar de grau e isto sim, tenho a certeza de que irei acabar e fazer até ao 8º grau e quem sabe os advances. Adorava depois disto ter saída e passar uns anos em digressões de bailados. Era algo que me dava bastante gosto, mas uma bailarina não dura para sempre e assim que atinge os seus 30 e poucos anos já começa a ser tempo de dar lugar às mais novas. Voltando agora à questão da música. No mundo da música ou se é o melhor naquilo que se faz ou então podemos ficar a ver navios. Ou se estuda ou se estuda. Conheco pessoas que estão a estudar na Metroplitana e assim e que se levantam às 05h da manhã e chegam a casa às 21h. Chegam a estudar 8 horas por dia o instrumento, fazendo apenas pausas para comer. E eu não tenho fôlego para essa vida, por isso apesar de gostar de concluir o conservatório, acho que é algo para a qual eu não fui feita e iria ser bastante dificil ser boa em ambas as coisas. E afinal de contas, se não pretendo seguir música, vou estar a prejudicar as minhas notas na escola por esse motivo? Sabendo que é a escola que me vai dar entrada na faculdade para aquilo que eu quero? Mas não sei de nada. A minha cabeça está a mil. Sinto-me perdida, não sei o que ando aqui a fazer nem para onde ir, que caminho seguir. Só espero conseguir planear tudo, de modo a que mais tarde não me venha a arrepender dessa escolha. E só para concluir, não estou a gostar nada de ter de fazer estas escolhas. Nada mesmo.

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