Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
30 dias desde Aquela noite. Gostava de ter uma história de conto de fada para contar, mas não. A nossa é tudo, menos isso. Podíamos ter visto o fogo de artifício juntos nessa noite, mas estávamos presos dentro de um autocarro. Mas foi especial na mesma. Não começou da melhor maneira, sentia-me pressionada e a sufocar. Mas não só por ele, pelos meus amigos (rapazes). Por aqueles que me deveriam (supostamente) apoiar. As lágrimas insistiam em cair e não sentia que tinha futuro. Agora? Agora acho que começo a sentir que tem. Cada vez mais.
Dia dois faz um mês. Parece que já passou uma eternidade, para dizer a verdade. Se vai durar? Não sei, duvido. Ainda somos jovens e o mais provável é que tenha um fim. Afinal tudo tem um fim. Mas por agora, fica comigo.
No outro dia quando fui à praia, fui com um grupo de amigos e amigos de amigos. Basicamente éramos um grupo grande, alguns amigos, outros conhecidos. Diverti-me imenso, é verdade! Foram (quase) todos impecáveis e correu tudo bem. Correu tudo bem até decidirem ligar uma coluna aos altos berros e partilhar a musiquinha manhosa com meia praia. A praia para mim é um sítio para descansar, aproveitar e relaxar e nada me incomodaria mais se alguém fosse para o meu lado com música que não gosto e mesmo que gostasse, ninguém é obrigado a ouvir a música dos outros. Acho que é uma falta de respeito e só me apetecia enfiar num buraco com a vergonha de pertencer ao grupo de adolescentes a fazer poluição sonora. Peguei no meu telemóvel e enfiei os fones para ouvir a minha música. Sim, porque rapps com asneiras e palavras provocadoras parece-me tudo menos adequado para ouvir aos altos berros na praia. Fiquem lá no vosso cantinho, que eu fico no meu e ficamos todos felizes.
Há situações que me deixam bastante irritada e que me levam a reagir precipitadamente, a explodir e a arrepender-me. Mas sou a primeira pessoa a ir pedir desculpa sempre que algo do género sucede e não tenho problemas em fazê-lo. Aliás, o único motivo pela qual não gosto de pedir desculpa é porque o deveria ter evitado. Mas quando as minhas atitudes não são as melhores, sou a primeira a admitir. Este ano letivo ocorreu uma situação que exigiu um pedido de desculpas, que em parte não sei se deveria ter pedido, mas foi o melhor.
Se há coisa que me deixa fora de mim é pessoas que não são autónomas o suficiente e a falta de consciência pelo trabalho dos outros. É que independentemente de estar cansada, esforçei-me para fazer um trabalho o melhor que podia e para o poder entregar no prazo, que é o meu dever. Enquanto que outras pessoas a essa hora já estavam no seu terceiro sono. Mas depois pedem-me as respostas e dizem "ah, não te preocupes, eu mudo as palavras e pronto." Mas o que é que "mudar as palavras" vai compensar o trabalho que eu tive, o tempo que dediquei a isso em vez de estar a dormir ou a estudar? Uma coisa é dispensar um TPC, eu própria às vezes peço um ou outro, outra completamente diferente é um trabalho para entregar e que exigiu horas de pesquisa. E o pior, é acusarem-me de "ter descido muito baixo" e colocarem a amizade que tenho por essas pessoas em causa por não querer emprestar o meu trabalho para copiarem. Estarei a ser egoísta? Talvez! Mas irrita-me que alcançem os mesmos resultados que eu, ou até melhores, à minha custa e sem terem qualquer vergonha na cara. Bem, na altura explodi, confesso. Porque já não é a primeira nem a última vez que a mesma pessoa não se dá ao trabalho de mexer o rabinho e fazer alguma coisa da vida. Seja antes dos testes, para trabalhos, ou me liga ou está sempre a perguntar banalidades que só não sabe por mera preguiça! Chega a um ponto em que satura. E depois disso, o "desceste muito baixo" ficou-me ali atravessado, deixou-me a remoer e achei que o melhor era pedir desculpa por ter exagerado. Exagerei, é verdade...mas mantenho a minha opinião e lamento, mas cansei-me de trabalhar para os outros.