No início do 10º ano comecei por não querer contar a ninguém que já me tinha decidido. Que era mesmo aquilo que queria (e quero!) e que ia lutar por isso. Se corresse bem, então saberiam a seu tempo. Se desse para o torto, ninguém saberia e não teria de enfrentar conversas como: "Oh, não conseguiste entrar" para as quais não tenho a mínima paciência. Afinal se ninguém soubesse, era mais fácil. Comecei por responder "Ainda não sei.", "Não tenho bem a certeza" e para os mais insatisfeitos: "Quero algo na área da Saúde" à pergunta "Então e o que queres seguir?". A verdade é que, e não sei como, perdi o controlo disto. E a pouco e pouco, deixou de ser algo só meu e passou a ser algo que os mais próximos sabiam. Sei que tenho quem me apoie nisto e os meus pais, mostram-se disponíveis a fazer os possíveis para eu ter todo o apoio para conseguir o meu melhor. A minha mãe sempre soube. Não era preciso dizer-lhe para que ela o soubesse. Ao meu pai e à minha avó paterna tentei sempre esconder, porque detestava quando se punham com conversas a enaltecer os bens e a vida que um determinado médico que conheciam leva e que isso me dava estabilidade financeira e aquelas conversas todas da treta. Juro-vos, que ponderei durante anos e aliás, fiz-me de difícil dizendo que a ideia de medicina era só a ideia de criança. Que já me tinha passado...Só para ver se eles tiravam aquela ideia da cabeça. Mas cá no fundo, o sonho nunca deixou de existir. Era apenas para os contrariar.
Confesso que pensava que o secundário ia ser mais fácil. Tão ingénua. A verdade é que não é, pelo menos para mim não está a ser só estalar os dedos. As recaídas e vontade de chorar de um momento para o outro são constantes e vou-me a baixo com pouca coisa. A pressão que tenho em cima, os momentos de dúvida, o peso que carrego só eu sei. Porque não vale a pena irritarem-se comigo por ter tido uma nota menos boa. Porque a única coisa que conseguem é desmotivar-me ainda mais, visto que a minha principal inimiga sou eu. Eu, que me culpo por tudo o que fiz menos bem. Não me imaginar a fazer outra coisa na vida e saber que isso depende destes 3 anos, é um peso que não consigo tirar de cima, nem por um bocadinho. Tenho alturas em que me faltam as forças. E não quero ser uma frustada. Não quero. Quero tanto isto e há tanto tempo...E às vezes mesmo com tanto trabalho e esforço não consigo. Eu espero mesmo daqui a dois anos estar a escrever um post no blog em como consegui! Consegui concretizar o que tanto desejei e tirar o peso que tinha em cima há tanto tempo. Ao escrever isto, as lágrimas vêm-me aos olhos e imagino como irei reagir se isso acontecer. Acho que vou chorar. É o mais provável... Até lá, resta-me continuar a trabalhar e vocês a levarem com momentos em que a pessoa em quem mais duvido sou eu mesma. Quero tanto isto, tanto.
No final de Outubro terei de fazer uma apresentação na disciplina de Inglês sobre uma celebridade de que goste e com quem me identifique. Como pessoa indecisa que sou, escolher uma celebridade seria bastante complicado para mim. Primeiro, porque quando a professora me pediu o trabalho, nenhum nome me veio automaticamente à cabeça por ter tal admiração por essa pessoa e depois porque de entre tantas possíveis e das quais gosto do trabalho, eleger um era tarefa difícil. No entanto, acabou por se tornar bastante simples e decidi-me pela Emma Watson. Confesso que o que me influenciou nesta escolha foi o seu discurso nas Nações Unidas defendendo o Femininismo. Juntando a isto, o facto de participar em filmes que são especiais para mim, como a Saga Harry Potter e As Vantagens de Ser Invisível. O que acham da escolha?
Como já é comum nesta disciplina tem-se por hábito a apresentação de um livro por período, normalmente. Gostava que me ajudassem na escolha do livro para apresentar. Vou ter de escolher três, um para cada período e após ver e analisar a lista restrita de livros que podemos escolher selecionei os seguintes:
As Intermitências da Morte - José Saramago
O meu pé de laranja lima - José Mauro de Vasconcelos
Diário de Anne Frank - Anne Frank (já li)
O Perfume - Patrick Suskind
A bibliotecária de Auschwitz - Antonio Iturbe
Já leram algum destes? Quais me aconselham a apresentar?
Há situações que me deixam bastante irritada e que me levam a reagir precipitadamente, a explodir e a arrepender-me. Mas sou a primeira pessoa a ir pedir desculpa sempre que algo do género sucede e não tenho problemas em fazê-lo. Aliás, o único motivo pela qual não gosto de pedir desculpa é porque o deveria ter evitado. Mas quando as minhas atitudes não são as melhores, sou a primeira a admitir. Este ano letivo ocorreu uma situação que exigiu um pedido de desculpas, que em parte não sei se deveria ter pedido, mas foi o melhor.
Se há coisa que me deixa fora de mim é pessoas que não são autónomas o suficiente e a falta de consciência pelo trabalho dos outros. É que independentemente de estar cansada, esforçei-me para fazer um trabalho o melhor que podia e para o poder entregar no prazo, que é o meu dever. Enquanto que outras pessoas a essa hora já estavam no seu terceiro sono. Mas depois pedem-me as respostas e dizem "ah, não te preocupes, eu mudo as palavras e pronto." Mas o que é que "mudar as palavras" vai compensar o trabalho que eu tive, o tempo que dediquei a isso em vez de estar a dormir ou a estudar? Uma coisa é dispensar um TPC, eu própria às vezes peço um ou outro, outra completamente diferente é um trabalho para entregar e que exigiu horas de pesquisa. E o pior, é acusarem-me de "ter descido muito baixo" e colocarem a amizade que tenho por essas pessoas em causa por não querer emprestar o meu trabalho para copiarem. Estarei a ser egoísta? Talvez! Mas irrita-me que alcançem os mesmos resultados que eu, ou até melhores, à minha custa e sem terem qualquer vergonha na cara. Bem, na altura explodi, confesso. Porque já não é a primeira nem a última vez que a mesma pessoa não se dá ao trabalho de mexer o rabinho e fazer alguma coisa da vida. Seja antes dos testes, para trabalhos, ou me liga ou está sempre a perguntar banalidades que só não sabe por mera preguiça! Chega a um ponto em que satura. E depois disso, o "desceste muito baixo" ficou-me ali atravessado, deixou-me a remoer e achei que o melhor era pedir desculpa por ter exagerado. Exagerei, é verdade...mas mantenho a minha opinião e lamento, mas cansei-me de trabalhar para os outros.
É o último post que faço sobre a escola este ano letivo, prometo! Queria só escrever aqui o quão feliz estou pelas minhas notas. Não são aquilo que eu queria (de longe!), mas tendo em conta que é um ano de adaptação e que não começou da melhor maneira, penso que consegui recuperar bastante bem e o objetivo foi mais ou menos cumprido. Sei que a nota de Matemática é injusta, visto que o professor dá as notas como quer. Nunca aqui falei dele o ano inteiro, mas sempre foi um problema para a turma. Ele não nos está a preparar para exame, faltou imenso tempo, ficámos com matéria por dar e ainda por cima, ele dá notas baixas no comportamento consoante as notas que quer que as pessoas tenham na pauta e se simpatiza ou não com elas. Deu-me 10 no comportamento. 10. Eu sei que falo bastante, mas nunca lhe faltei ao respeito ou excedi limites e tenho 10. E tudo porque ele não me quer dar o 18. É que eu nem pedia mais de 15 no comportamento, mas a diferença que um 12/13 faz de um 10 é a diferença que eu precisava para ter a nota no final do período. Mas esta é verdade..ele dá as notas segundo as conveniências. E ele só vai ali aquelas horas, dá as aulinhas e recebe o dinheiro ao final do mês, porque ele não se importa minimamente com o nosso sucesso e em preparar-nos para exame. Cada vez que ele entrega um teste, nós temos de ter atenção e revê-lo com cuidado porque houve um colega meu que já subiu de um 13 para um 17, que é uma diferença enorme. Mas pronto.
Consegui ter média de 17,1 no 10º ano. Eu queria o 18, mas não deu. Acreditem que se pudesse, repetia o 10º ano porque tenho a sensação de que os resultados seriam tão diferentes agora! Mas agora é aproveitar imenso este Verão sem exames e esforçar-me imenso para o ano, para conseguir subir a minha média para 18 ou mais, se possível. Ainda há esperança para concretizar o sonho!
Parece impossível que já tenha passado mais um ano! O primeiro do secundário..aquele que tanto receio me causou devido à mudança de turma, ao ter de conhecer pessoas novas (situação que não acontecia há anos, porque estava sempre com as mesmas pessoas na turma), a quantidade de matéria dada por semana, a média, o manter as amizades com os amigos com quem antes mantia contacto diário e agora vejo uma vez por semana, às vezes nem tanto. Mas agora já está! E foi muito duro, na minha opinião.
Gosto sempre de, no final do ano, colocar os livros, os trabalhos e os cadernos numa caixa destinada ao ano letivo em questão e fazer uma limpeza ao meu local de estudo para deixar tudo organizado e pronto para o próximo ano. Este ano não será excepção e divirto-me muito enquanto o faço.
As férias este ano começaram bem, com o último dia de aulas passado na esplanada e ontem fui à Feira do Livro a Lisboa e gostei bastante, serviu para quebrar a rotina. Boas férias para todos (e força para quem tem de estudar para os exames!)
Finalmente posso respirar de alívio. Hoje fiz o último teste deste ano letivo e isso significa mais tempo para mim, para o blog e para as coisas de que mais gosto! É assustador olhar para trás e ver a rapidez com que este ano passou. Foi um ano letivo duro, de adaptação. Novas pessoas, novos professores, o dobro da quantidade de matéria por aula e os dramas da adolescência. É quase surreal pensar que já vou para 11º ano. Mais dois anos e estou a candidatar-me ao ensino superior (se tudo correr bem). Mas agora resta-me aproveitar estas últimas férias sem exames e viver cada minuto do Verão, que bem preciso.
Entretanto vou também inspirar-me para mudar o visual do blog e trazer-vos novidades diárias! Até já.
Não gosto nada que o blog ande assim desactualizado, mas o cansaço e a falta de tempo na fase final do 3º Período, juntando a preparação para o exame de ballet e os ensaios das marchas que também começaram têm tornado impossível os posts diários como eu gostaria de manter. Estou a pensar também em mudar o visual do blog, até porque este template não me permite ter as imagens dos posts com o mesmo tamanho e quero ver se faço algo mais simples, que tenha a ver comigo e mais clean, a combinar com a estação que se aproxima.
Não tenho grandes novidades para contar, visto que a minha vida se tem resumido a estudar e ainda vai piorar estas duas semanas que se avizinham. Não estranhem a minha ausência, mas prometo que quando voltar (já de férias, espero) vou fazer posts com mais qualidade e conteúdo. E acima de tudo comentar os vossos blogs, que é algo da qual tenho saudades..Para não falar dos comentários que tenho para aceitar... Um breve até já!
No Domingo passado tive os anos do meu melhor amigo e foi tão bom! Por vários motivos: 1) Voltei a estar com o meu grupo de amigos, que foi separado pelas circunstâncias do secundário. A sério que estou muito feliz por nos termos separado, porque assim dá-nos a oportunidade de conhecer novas pessoas, mas ao mesmo tempo pôr à prova as nossas amizades e saber se realmente as conseguimos manter à distância. E está a revelar-se muito mais fácil do que eu pensava...Por mais que fiquemos algum tempo sem falar, quando voltamos é sempre como se nunca tivessemos deixado de o fazer. E são estes e outros pequenos momentos que me fazem pensar que tenho muita sorte por os ter comigo! Imagino-me daqui a 20 anos e ainda a dar-me com eles. Tão bom! Até o meu pai, no ano passado pelos meus anos disse "está aqui um grupinho tão giro!". 2) E este segundo ponto desgraça-me..É que como o tempo estava tão bom, estreei os meus calções azul turquesa e calçei sandálias pela 1ª vez este ano. Houve ainda os mais corajosos que deram um mergulho na piscina, mas eu não fui. Fiquei-me por apanhar sol na espreguiçadeira e sentir o regresso destes dias de Verão como no ano passado, fez-me tão bem! Sentir o ar puro da natureza, com a brisa quente de final de tarde. Por outro lado, isto não é nada bom, porque agora só quero que o Verão chegue rápido e ter de estudar com este calor não dá com nada. Escusado será dizer que, quando cheguei a casa dos anos ainda tive de ir acabar um trabalho de grupo (note-se: de grupo!) para Filosofia.
Hoje vou à primeira comunhão do meu primo a Lisboa e depois volto para casa para me agarrar aos livros..Bom Domingo!
Nunca percebi o facto de voltarmos às aulas na Quinta-feira após o Carnaval...Bem que podiam dar esses dois dias. Era útil não só para descansar, porque para quem se vai divertir no Carnaval, Terça e Quarta são dias de recuperação da folia e em que não me apetece fazer nada, mas também para poder organizar melhor o estudo e os trabalhos.
Este ano letivo está a ser mau relativamente aos professores...Muitas faltas, falta de rigor e exigência e estamos a ficar atrasados na matéria de algumas disciplinas. O mais grave é que já não estamos no básico. Agora trabalhamos uma média e para o ano temos exame de uma das disciplinas à qual estamos atrasados porque a professora partiu o pulso e apesar de já ter vindo substituta, não sei onde é que ela tirou o curso, mas não sabe nada.
A boa notícia é que tive 19,5 a Matemática. E aqueles 0,5 que me faltavam foi desconto a mais, mas já estou habituada, visto que o prof. desconta por tudo e por nada. Agora é manter! Também estou ansiosa por receber os outros testes já feitos, pois correram-me bem e espero que os resultados correspondam ao que estou à espera. Agora é só mais um mês intenso e 2º período: done.
Quanto ao tempo, hoje esteve um dia tão bom! Lembrou-me imenso momentos vividos com a minha turma o ano passado e deixou-me logo mais feliz e motivada. Sentia tanta falta de um dia de Sol e calor.