O Natal de hoje
Apesar de cada vez mais o Natal ser uma época de consumismo, penso que face à situação financeira que atravessamos, as crianças que vivem neste momento os melhores anos dos seus Natais, desde pequenos foram habituados à moderação no que diz respeito às prendas. A verdade é que, há diferenças que se acentuam há medida que o tempo avança. Um exemplo disso sou eu e a minha irmã. Quando ela era pequena, os Natais não eram tão recheados como foram depois para mim. Afinal os meus pais ainda estavam nos primeiros anos de vida conjunta e à procura de estabilidade financeira.
Durante toda a minha infância, tive os melhores natais de sempre. Não apenas pelas prendas com as quais me deliciava, mas principalmente pela união da família e por a minha irmã me ter feito acreditar no Pai Natal até aos 12 anos e é das coisas que mais lhe estou agradecida. Graças a isso, essa magia prolongou-se mais do que é normal, visto que eu devia ser a única criança da minha idade a acreditar. Mas enquanto acreditei foram realmente os melhores natais de sempre (aliás, eu já contei essa história aqui no blog)!
Sempre adorei o Natal e continuo a adorar, mas claro que as coisas já não são como antes. Há medida que crescemos as coisas tornam-se diferentes. Não que a magia se perca, porque essa continua cá sempre e é ela que alimenta os meus Natais, mas há medida que cresço vou vendo o Natal com outros olhos e acaba por me fazer ser mais moderada e aprender que nem sempre dá para termos tudo aquilo que queremos e que especialmente como o país está, há coisas bem mais importantes do que arrasarmos a conta bancária pelo Natal.